quarta-feira, 30 de junho de 2010

Meus Adornos

Empoçada de sonhos trilho o meu caminho
misto de desejos sempre mistos,
eles permanecem mudos entre-muros
e juntos em um esguio corpo escuro.

Acima dos sonhos está a imperfeição
das vontades, as palavras não arquitetadas,
o ar ocupando o lugar da respiração
de um corpo cheio dor, uivando para o nada.

Envolta na bruma, cheia de girassóis
liberto minha consciência onírica.
Ela brinca de fadas, duentes e gnomos
de uma insuportável maneira lírica.

-O que procuras menina? Disse-me o pavão.
-Girassol!
-Para que se não possui nem um sol?


...E então, perco-me de mim pelo absurdo.
É um ambiguo deleite para a alma.

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