domingo, 5 de setembro de 2010

Momento V

Consta no tempo que não vens, enquanto petrificada
tranformo sua ausência em prata.
O meu corpo te lamenta, são as suas palavras
que pouco me importa. Importa-me ser reconquistada
a cada verso com a sua dialética lírica.

Posso transforma-me em prazeres se quiseres
e plantar no seu peito mil versos,
se assim quiseres.

Enquanto me praparo e não vens, dispo-me lentamente
das suas palavras, fico sozinha a supor se o amanhã virá.
Procuro pelo sumo da sua voz
enquanto percorro a casa minha, mas não o ouço.

Eu te amo, mas tu se afastas de mim
e eu me afasto de ti.

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