sexta-feira, 5 de junho de 2009

Estou Faminta!

Caqueiro de espécie desconhecida





Aroma de Alecrim

Tenho sentido uma grande necessidade e não é emocional, é física mesmo. A necessidade é de trazer cada vez mais plantas ao meu quarto, que é o ambiente representa o meu espaço, reflete o meu íntimo, o meu gozo. É como se fosse uma fome. Por mais que eu coma, não passa. É uma fome do verde, uma fome da fotossíntese, uma fome da vida! Uma fome que quer beber todos os líquidos dos prazeres, saborear a alma. Uma fome que insaciável, viciante!



Confesso: estou viciada.



É como se o meu corpo quisesse se alimentar apenas da essência. A essência mais difícil de ser encontrada, a essência que leva-me a ficar deslumbrada pelo o que eu já conheço e remete-me a lembrar com ternura um futuro desconhecido. A essência que impulsiona pra frente, me chuta pra trás e tenta matar-me de fome. A fome que me faz cair aos prantos feito criança, a fome que choca-se com o que eu sou e o que eu penso que sou. A fome do tesão, fome dos dos saciados, a fome que me deixa cara a cara com o hedonismo. Quando a fome bate, é como se não houvesse destinção entre as experiências do passado e as consequências do futuro. Eu simplesmente como. Nem precisa ser o alimento mais suculento, basta estar acessível.



Quero um dia poder devorar-me, pois a maior fome que eu tenho é a de mim mesma.







Obs.: Por favor, plantei alecrim em minha homenagem, então, "...Manda novamente algum cheirinho de alecrim?... "

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