Parte I
Antes...antes houvesse a abdicação
Dos meus sentimentos, do imenso nó
Que trago com a sua falsa alegação
De que só nada faz quando parte só
Me trai com seus vícios na madrugada
Enquanto vejo seu outro lado vicejar
Sinto rolar pela face a gota salgada
Afogando-me agustiada no meu penar
O pássaro da solidão mostra que gastas
O que tem de mais puro e suas pecúnias
Mas quando retornas, encho-me de graça
E tomo-o para o meu leito, sem injúrias
Parte II
Depois...depois houvesse uma revolução
Penetraria como gancho na tua essência
E arrancaria o seu vício com mansidão
E se necessário, comeria sua carência
Cuspiria o que o entorpece nas catedrais
Chamaria os Querubins, Serafins e afins
Contaria com os búzios,cartas e os meus ás
Até que nada mais, nada o furtasse de mim
Adormeceria com olhos fechados para razão
Sabendo que irá o nosso amor fenecer
E esperarei pela aurora do próximo verão
Já que nesse a boêmia não soube padecer
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isso me lembra um capítulo da minha vida
ResponderExcluire esse "parte" significa "tomo" ou "parte" do verbo "partir, ir embora"?
ResponderExcluirDo verbo partir, ir embora.
ResponderExcluirIsso tb me lembra um capítulo da minha vida... Acho que td mundo ja viveu um capitulo assim! Saudades... :)
ResponderExcluirLindo! Lindo!
ResponderExcluirsabe que é uma obra... parabens!
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